domingo, 28 de novembro de 2010

Sobre retalhos...

É como se no momento eu voasse feito um saco de plástico sem direção exata, buscando um ponto firme para recomeçar sua jornada, mas a velocidade do vento é forte demais e não permite fincar bases.

Cheguei a um ponto de fragilidade que, ao sopro mais simples, desabarei como um castelo de cartas. Perdi sentimentos de extrema importância e me entreguei ao mundo de incertezas que, por hora, me deixou plenamente cego.

Parece que existem sete palmos acima de mim, e aqui, enterrado nessa infinitude do desconhecido, nem se eu encontrasse forças para gritar, ninguém conseguiria me ouvir.

Aquela velha história do arco-íris ao fim da tempestade, está ficando cinza demais para ainda existir cores que brilhem no céu.

Passa. Penso. Perco. Preso. Perdido.

sábado, 25 de setembro de 2010

Para quem quiser trocar uma idéia melhor à respeito do tema debatido na Rádio Jovem Pan hoje, estou a disposição virtualmente nos seguintes endereços:

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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Entrevista Sobre o Mundo GLS


Hoje, estaremos na Jovem Pan em Barretos fazendo uma entrevista com a belíssima Glaucia Chiarelli, depois conto tudo aqui pra vocês.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Os Gays do III Reich

Artigo
De Sodoma a Auschwitz, a matança dos homossexuais

Os homossexuais perseguidos pelo Nazismo usavam um Triângulo Rosa sob o uniforme
Por volta de 1933, Máximo Gorki iniciou uma série de artigos sobre o "humanismo proletário", sustentando a tese de que o homossexualismo, enquanto "ruína dos jovens", era um produto típico do fascismo e que, portanto, não tinha lugar no coração do povo. Na mesma época, outros escritores e homens políticos soviéticos liderados por Kalinim iniciaram uma violentíssima campanha propagandística contra os homossexuais, juntando-os a todo tipo de criminosos sociais: os bandidos, os traidores, os espiões, contra-revolucionários e agentes do imperialismo. Essa tendência alcançou seu ponto alto em março de 1934, quando um decreto assinado pelo próprio Kalinim passou a considerar as relações íntimas entre indivíduos dos sexo masculino como puníveis com prisão de três a oito anos, conforme a gravidade daquilo que foi então taxado e enquadrado como "crime".
Gorki escreveu: "Nos países fascistas, o homossexualismo, que é a ruína dos jovens, floresce impunemente. Já existe até um ditado na Alemanha (pré-nazista): eliminem-se os homossexuais e o fascismo prevalecerá". "Entretanto, na noite de 30 de junho de 1934 (apenas três meses após a aprovação da lei soviética que enterrava, de um só golpe, todas as conquistas sexuais libertárias da Revolução de Outubro), o Comando Especial de Himmler, a S.S., invadia a hospedaria de Bad Wesses, uma estância termal onde estava reunido o Estado-Maior da S.A, e exterminava quase todos os presentes.Em poucos dias foram eliminadas outras 200 pessoas, muitas das quais pouco ou nada tinham a ver com a S.S. ou com seu chefe, Ernst Roehm. Em função disso, Hitler dizia (em seu discurso de 11 de novembro de 1936 sobre o perigo racial-biológico da homossexualidade) que não titubeamos em extirpar essa peste com a própria morte, mesmo entre em nós", quando esse perigo invadiu também a Alemanha.


Ao centro, o Ernest Hoehm que vivia abertamente a sua homossexualidade e incomodava o Partido Nazista.
Em 26 de janeiro de 1938, o mesmo argumento foi repetido por Goebbels, Ministro da Propaganda, ao fazer seu primeiro ataque declarado à igreja católica, acusando-a sobretudo de imoralidade. Dizendo que os membros do clero e dirigentes das organizações juvenis católicas deveriam, se capazes, adotar a "Ordem" nacional-socialista, Goebbels afirmou: "Quando, em 1934, certas pessoas pretenderam fazer no Partido o que se faz nos conventos e entre os padres, carregando essa imoralidade para nosso meio, nós as eliminamos. Devemos ser sumamente gratos Fuhrer, que nos livrou dessa peste". Roehm, o Homossexual poderoso e valente que foi assassinado por atrapalhar os planos de Hitler.
Mas é bastante provável que Hitler jamais teria considerado seu lugar-tenente Roehm como um monstro degenerado se este não tivesse insistido demais nas idéias radicais que todos conhecemos; acontece que sua S.A. andava pregando a necessidade de uma segunda revolução para arrasar com os capitalistas (que, em troca, cortejavam Hitler) e com o exército (que a S.A. queria substituir, contra a opinião do Fuhrer); afinal, os militares eram importantes para a constituição de uma poderosa Wermacht almejada por Hitler.
Além do mais, a milícia "privada" de Roehm passara de 300 mil homens em 1932 para cerca de 3 milhões em dezembro de 1933 e tinha sido um fator decisivo na escalada de Hitler ao poder. Roehm era um dos poucos, ou melhor, o único que podia chamar o Fuhrer de "você". E, quando alguém lhe chamava a atenção para o comportamento homossexual de seu lugar-tenente, o Fuhrer respondia com justificativas do tipo: "Ah, isso acontece sempre que as pessoas ficam muito entre os militares. Tornam-se tão idiotas quanto eles. É só colocar Ernst Roehm no seu ambiente adequado e então tudo isso acabará".

Quando finalmente Roehm foi acusado, em 1934, com base no Artigo 175 do Código Penal Alemão (que punia os atos de natureza homossexual), o partido nacional-socialista não teve qualquer reação negativa: ao contrário: um indivíduo que procurou tirar proveito de uma antiga relação com Roehm foi assassinado pelas S.S.; enquanto Roehm era defendido e protegido por Heydrich. Mais tarde, a 30 de janeiro de 1939, ao falar sobre a purificação moral e a saúde biológica relativamente ao caso Roehm, Hitler disse: "Há cinco anos atrás, houve alguns membros do partido que se mancharam de culpa infame e foram fuzilados por esse crime". O caso Roehm foi de máxima importância na história do Terceiro Reich: serviu de modelo e inspiração permanente para a luta contra os inimigos do regime ou adversários pessoais.
O Artigo 175 foi introduzido na legislação penal alemã no ano de 1871, para punir o "comportamento homossexual entre homens". O grande estudioso e humanista Magnus Hirschfeld lutou contra ele por muito tempo, defendendo os direitos dos homossexuais através do Comitê Científico Humanitário, ao lado de Adolf Brandt, Fritz Radzuweit e alguns mais. De todo modo, esse Artigo nunca provocou muitos problemas até o momento em que os nazistas conquistaram o poder e decidiram usá-lo como arma política e de vingança pessoal. Em 1933, houve 835 pessoas condenadas a partir de sua aplicação. Em 1934, imediatamente após o caso Roehm, o número subiu para 948; e de repente as cifras enlouquecem: em 1936, foram 5.321 os condenados; em 1939, já são enviados para os campos de concentração 24.450 pessoas acusadas de atos homossexuais.
Apesar da lei vigente, as punições contra os homossexuais tinham sido bastante reduzidas, antes da guerra 1941/18. Após a guerra, o governo constituído de partidos de esquerda também não aplicava nenhuma medida repressiva, deixando aos homossexuais a liberdade de se juntarem e se organizarem um pouco em seus bares, clubes, saunas ou através de suas revistas. Finalmente, a 16 de outubro de 1929, a Comissão Penal de Reichstag pronunciou-se a favor de uma eventual supressão do Artigo 175. Referindo-se a essa decisão, o futuro Ministro da Justiça, Frank, falou a 10 de dezembro do ano seguinte, para definir como imoral "essa tolerância que se pretende impingir a todo o povo alemão".

Apesar disso, os próprios nazistas, que tinham muitos homossexuais em suas fileiras, não apresentaram nenhuma iniciativa mais radical, nos primeiros anos de existência do seu partido. As premissas ideológicas para uma repressão com "meios mais sofisticados" foram dadas pelo jurista Rudolf Klare, especialista do Partido Nazista para assuntos relativos ao homossexualismo; de fato, em seu livro Homossexualidade e Direito Penal, Klare propunha um reforço das punições contra "esses indivíduos" que constituem maior perigo para "o povo, o Estado e a raça"; e sugeria a criação de reformatórios para as lésbicas. Referia-se também a uma "purificação completa", através do extermínio necessário de homossexuais - afirmava que "os degenerados devem ser eliminados para manter a raça pura". Parece interessante constatar que o livro em questão foi dedicado ao professor Dr. Erich Schwinge, a quem se deve "o mérito desta colaboração verdadeiramente fraterna entre professor e discípulo, sem a qual esta obra não poderia ser realizada num espaço de tempo tão breve. Eu lhe agradeço muito por isso". Atualmente, o Dr. Erich Schwinge é professor de Direito Público em Marburg.
Já com uma cobertura ideológica, a via legal para a repressão foi aberta no dia 1º de setembro de 1935. Na primavera desse ano, a Comissão Penal Alemã - à qual pertenciam dois juristas nazistas como Freisler e Thiersak - expusera com prudência sua opinião negativa sobre o eventual endurecimento na interpretação e aplicação do Artigo 175; um de seus membros mais competentes, Erich von Spach, recomendou: "O legislador deve manter a moderação num campo onde grandes investigações podem provocar grandes prejuízos". Mas na reunião do Partido em Nuremberg Goering tocou no problema pedindo "a defesa e proteção do sangue e da honra alemã; enquanto isso, Hitler mostrou-se favorável ao endurecimento do Artigo 175. Schaufler, Diretor-Geral do Ministério da Justiça enchia-se de alegria: "Foi preenchida uma séria lacuna".
Passados 26 anos do final da guerra e da abertura dos campos de concentração ainda não se estabeleceu o número exato de vítimas. Quanto aos homossexuais, poucos sobreviventes (e muito raramente) apareceram para reclamar indenizações, pagamentos ou reabilitações, inclusive porque até poucos anos atrás estavam ainda ameaçados pela vigência do Artigo 175, dependurado como uma espada de Dámocles sobre suas cabeças. Assim, a cifra oficial fala de 50.000 a 80.000 vítimas, mas provavelmente está muito longe da realidade que, como se pode imaginar, parece ser muito mais trágica.
(É preciso lembrar, por outro lado, que muitos dos condenados com base nesse Artigo não eram homossexuais, mas simplesmente opositores do regime ou inimigos pessoais dos poderosos, cabendo-lhes, portanto, a acusação considerada mais degradante)

Depois de julgados e condenados, os violadores do Artigo 175 passavam para as mãos da Gestapo (a polícia secreta do Estado) e eram enviados aos campos de concentração: Auschwitz, Dachau, Neuengame, Ravensbruek, Sachsenhausen, Natsweiler, Bergen-Belsen, Fuehlsbuettel, Fosenberg e outros mais: aí eram freqüentemente castrados e mandados para os trabalhos mais repugnantes e mais pesados que acabavam acelerando seu fim: ou então tornavam-se bode expiatório para os demais companheiros de prisão, que os maltratavam e violentavam.
Não existem muitos documentos sobre o tema, especialmente pela compreensível aversão dos homossexuais em tornar pública uma perseguição que a sociedade ainda pretende justificar e perpetuar; além disso, muitos historiadores manifestaram indiferença ante o tema, por associarem os homossexuais com delinqüentes "comuns", e reservaram todo seu interesse para os presos políticos (2 milhões de vítimas), ou para os judeus (os mais duramente atingidos: 6 milhões de mortos). Outros motivos dessa ausência de dados: o método usado pelos responsáveis dos campos de concentração para esconder seus crimes e, talvez mais importante do que todos os outros, o fato de que só sobreviveram muito poucos condenados, que poderiam contar os acontecimentos com mais precisão.


O médico e escritor Classen Neudegg publicou uma série de artigos no jornal de Hamburgo, Humanistas; aí ele fala de muitos casos de que soube ou que viu diretamente: "Os homossexuais já tinham sido torturados e morriam lentamente de fome ou por excesso de trabalho, tudo com uma crueldade inimaginável (...). Então a porta da residência do Comandante se abre e um oficial do nosso grupo anuncia: "300 imorais serão reunidos por ordem". Fomos registrados e então percebemos que nosso grupo iria ser isolado numa companhia de punições mais rigorosas; soubemos também que no dia seguinte seríamos levados para uma grande fábrica de tijolos, para trabalhos forçados. A fama dessa fábrica em liquidar com as pessoas era absolutamente terrível". (A S.S. considerava o trabalho nas fábricas de tijolos como um terceiro grau de onde não se saía com vida; Kogon chama-as de "trituradoras"). Von Neudegg conta até mesmo sobre as experiências com fósforo em pessoas vivas - o que lhes provocava dores impossíveis de traduzir em palavras".

Nesses campos de concentração, os homossexuais eram marcados com um triângulo rosa sobre a manga ou sobre o peito, o que servia para distingüi-los dos presos políticos (triângulo vermelho), dos ladrões (verde), dos testemunhas de jeová (violeta), dos ciganos (marrom), dos judeus (amarelo) e dos criminosos (negro). Conforme relato de uma testemunha no livro de Wolfang Harthauser O grande tabu, somente no período de sua permanência em Sachsenhausen, foram eliminados a sangue frio de 300 a 400 homossexuais, mortos em conseqüência dos trabalhos forçados ou porque chegavam com os ossos dos braços e pernas quebrados. Apenas no campo número cinco de Neusustrum, um terço dos prisioneiros era composto de homossexuais. Num processo contra um guarda acusado de outros cem homicídios, foi constatado que esse homem era especialista em lançar potentes jatos de água gelada contra o preso, até levá-lo à morte. Conta-se aí que suas vítimas preferidas eram os judeus e os homossexuais.




Holocausto Gay
Até hoje as indenizações às famílias das vítimas do holocausto guei não foram efetivadas, apesar da pressão da ONU pelo ressarcimento dos homossexuais perseguidos pelo III Reich. O problema está no acordo ratificado pelos bancos e com o próprio responsável, o governo alemão, que criou diversos empecilhos financeiros. Cerca de 15 mil gueis condenados e mortos pela hegemonia da raça ariana não têm direito nem mesmo a um memorial na capital. Recentemente o ex-prefeito de Berlim, Eberhad Diepgen, negou a grupos ativistas e famílias a construção de um monumento aos gueis.
Tudo começou em 8 de março de 1933 quando foram instituídos os primeiros campos de concentração. Berlim, considerada a capital dos movimentos humanistas e da liberdade homossexual, tornou-se palco de uma guerra homofóbica e particular. Os pontos de encontro e os cabarés foram invadidos pelos soldados da Gestapo com suas armas e licenciados pelo recém-instituído Paragrafo 175 da lei. Homossexuais e lésbicas foram arrastados aos campos de concentração onde nem ao menos eram julgados pela justiça, mas sim pelo órgão administrativo da seção. Os que tinham alguma influência ou "sobrenome" eram designados para a detenção ou deportação, mas os outros eram liquidados nos campos. Às lésbicas eram feitas algumas concessões em virtude de sua natureza como genitoras.
Em 1943, Henrich Himmler autorizou a prática da castração dos deportados homossexuais, quando um grande número de pessoas morreu durante a intervenção cirúrgica. Os homossexuais sobreviventes eram designados para as tarefas mais duras em campos de trabalho forçado. Em 1944, os primeiros campos são dominados pelos aliados, e os homossexuais que sobreviveram ainda tinham medo de declarar o motivo de sua deportação por conta dos empecilhos sociais, familiares e de trabalho que viriam em seguida a um testemunho desta natureza. Para muitos deles, o retorno à liberdade significava uma auto-censura diante de uma legislação hostil ainda, período em que a grande maioria se exilou no anonimato. Tudo por culpa da ausência de uma lei que reconhecesse a perseguição por orientação sexual, pela fragilidade dos movimentos ativistas gueis nos anos 70, e pela própria sociedade, inclusive intelectuais, que escamoteavam uma realidade à qual preferiam fechar os olhos. Porém uma realidade que estava estampada na memória coletiva.
Em 1982, na França, Pierre Seell, diante de uma nova coação homofóbica, decide romper o silêncio e revela todo o tipo de sofrimento que passou nos campos. Um austríaco, Heiz Heger, depõe em seu livro toda a verdade chocante que se passava por trás dos muros de concentração. Meses depois, Martin Shermann, judeu e guei, apresenta uma peça onde aborda pela primeira vez o holocausto guei no teatro. De Londres, a peça foi para Paris e para a Broadway, onde o mundo conheceria a verdade atrás da iconografia oficial dos nazistas.
Infelizmente, graças a esta abertura dos primeiros deportados gueis, a coragem e a atitude das próximas gerações do holocausto nazista, hoje sabemos que foram 90 a 100 mil gueis e lésbicas presos entre 1933 e 1945, de 10 a 15 mil somente no apogeu do nazismo. Sem falar dos outros esquecidos como os masons, dos doentes, dos miseráveis, dos fiéis da Testemunhas de Jeová...
A nova lei da coalizão de social-democratas e verdes, anulando todas as sentenças nazistas promulgadas contra homossexuais e desertores, entrará em vigor antes de meados deste ano. A informação foi divulgada hoje, em Berlim, pelos deputados Alfred Hartenbach (SPD) e Volker Beck (Partido Verde).
Esta lei irá substituir a legislação de 1998, que previa a suspensão das sentenças mas exigia a apresentação de provas para cada caso individual. Hartenbach afirmou que, passados 57 anos depois da Segunda Guerra Mundial, já era hora de acabar com este "procedimento indigno" e estender a mão aos que sofreram injustamente.
Segundo as estimativas, durante o regime nazista foram promulgadas cerca de 500 mil condenações por motivos políticos, militares, religiosos, racistas e ideológicos. Os tribunais militares condenaram à morte mais de 30 mil desertores da Wehrmacht, o Exército de Hitler.
Cerca de 50 mil homens foram presos e torturados por homossexualismo na Alemanha nazista, sendo que 15 mil foram arrastados aos campos de concentração. O parágrafo 175 da lei do Terceiro Reich previa pena de até dez anos de prisão e reeducação para os gays. As lésbicas não foram perseguidas. Hoje restam apenas 300 sobreviventes.
Os políticos alemães negaram-se, durante décadas, a promover a reabilitação dessas vítimas. Em 1998, por exemplo, o governo da coalizão CDU/CSU e Partido Liberal impediu a aprovação de um projeto de lei para suspender todas a penas contra os homossexuais.
Em dezembro de 2000, finalmente, o Parlamento Federal decidiu por unanimidade reabilitar essas vítimas, lamentando também na sua decisão que o parágrafo 175 da lei nazista - que legitimava a perseguição de gays - tivesse vigorado na Alemanha até 1969.
Artigo publicado pela primeira vez em 1972, no Boletim de Cidams, 3.
* A versão aqui reproduzida foi publicada no site do grupo Nuances de Porta Alegre.
** Artigo extraído do site portal marccelus em Salvador, Bahia, 26/12/09.
*** deutsche welle, berlim. publicado em 01 de fevereiro - confira : http://portal.marccelus.com/

Soninha na "Playboy"

Soninha tirou a roupa para a Playboy de março
Foto: Luis Crispino /Playboy/Divulgação
Fonte: Diversão Terra


A ex-vereadora e Subprefeita da Lapa Soninha Francine posou sem roupa para a seção Mulheres Que Amamos da edição de março da Playboy. Defensora do ciclismo, ela foi fotografada nua e sobre uma bicicleta.

Em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo, ela disse esperar que a revista não levante seus seios com Photoshop nas fotos. "Vão usar Photoshop para apagar o elástico do biquíni. Mas, no resto, sei lá. Teve maquiagem no rosto e fizeram o meu cabelo, uma megaprodução. No corpo, passaram só um pó para uniformizar. Espero que não levantem o meu peito", falou Soninha, acrescentando que não recebeu cachê pelo ensaio.

segunda-feira, 29 de março de 2010

10 Verdades Sobre a Homossexualidade

Artigo
Por Luis Mott

QUE É A HOMOSSEXUALIDADE

Para começo de conversa, vamos dar nomes aos bois, ou melhor, aos "veados". Aliás, esta é uma primeira questão: porque apelidaram os homossexuais de veados? É só no Brasil que existe esta associação entre o animal veado e o homossexual: na Europa o veado representa a masculinidade e é até símbolo nacional de alguns países. Será que relacionaram o gay ao veado porque se trata de um bichinho elegante, fino, "fresco", de andar delicado igual o Bamby dos filmes de Walt Disney? Ou porque na natureza os veados machos andam sempre juntos e transam entre si? Em Pernambuco chamam os gays de frango, no Rio de Janeiro de boiola, no Maranhão de qualira, no Ceará de baitola, na Bahia de chibungo, nas academias de musculação os "muleques" chamam de tia, etc, etc. Tem mais de 60 nomes diferentes usados pelo povão para descrever nossa categoria, quase todos usados mais como insulto do que nome próprio. A palavra HOMOSSEXUAL é a mais antiga de todas e significa "sexo igual", sendo portanto aplicável tanto para o homem que transa com homem (gay) como para a mulher que transa com outra mulher (lésbica). É uma palavra universal, criada em l869 pelo jornalista gay-húngaro Benkert. Portanto, homossexual é quem ama e sente atração pelo mesmo sexo.

HETEROSSEXUAL é o contrário: quem gosta do sexo oposto, e BISSEXUAL é o que transa com os dois sexos. Existem portanto três formas predominantes de orientação sexual: a mais praticada que é a HETEROSSEXUALIDADE, seguida da BISSEXUALIDADE e da HOMOSSEXUALIDADE. A palavra GAY também é sinônimo de homossexual: é um termo que já existia no português antigo com o mesmo significado atual: gay significa "alegre" - (de gaiato) - muito embora nem sempre a gente tenha motivo para ser chamado de "rapaz alegre", tantas são as amarguras que temos de enfrentar nesta sociedade heterossexista.

Todos nós nascemos machos ou fêmeas. É a sociedade que vai nos definir como homens ou mulheres. As Ciências Naturais e Sociais garantem que o fato de nascer macho não leva obrigatoriamente o homem a ter atração física pelo sexo oposto. No reino animal, sim, o instinto determina a atração sexual do macho pela fêmea quando ela está no cio. Entre os humanos, cada povo é que vai determinar como vai ser a vida sexual de seus membros, se pode ter uma ou várias mulheres, se os jovens vão poder ou não transar antes do casamento, se a homossexualidade será aceita ou condenada, se vão castrar alguns rapazes para serem eunucos, etc

Pesquisas científicas revelam que 64% das sociedades humanas aceitam o homossexualismo e 36% condenam o amor homossexual. Infelizmente fazemos parte desta minoria de sociedades onde os direitos humanos dos gays e lésbicas não são respeitados. Mas há exemplos de outros povos, como a Grécia antiga ou a Suécia, Dinamarca e outros países civilizados, onde os homossexuais são respeitados e protegidos pelas Leis.

Estas informações têm como objetivo exatamente demonstrar que o preconceito contra os gays e lésbicas se baseia na ignorância, que discriminar os homossexuais é tão cruel e desumano como o racismo, e que se o Brasil quiser se tornar um país civilizado, tem de imitar não o Irã ou Iraque, onde a lei manda apedrejar os homossexuais e as mulheres adúlteras, mas deve tomar como modelo os países mais civilizados da Europa onde gays e lésbicas são tratados com os mesmos direitos de cidadania das demais pessoas.

Estas páginas são dedicadas sobretudo aos gays, lésbicas, travestis e transexuais. Mas qualquer pessoa, seja heterossexual ou bissexual, também tem aqui muito a aprender. Estas informações podem ajudar você e outras pessoas a construir um mundo melhor, com menos violência e ignorância, onde, como dizia o poeta bissexual Fernando Pessoa, "o amor que é essencial, o sexo um acidente: pode ser igual, ou pode ser diferente!"

Vamos começar o ABC dos Gays enumerando "10 verdades sobre a homossexualidade", dando os argumentos para você entender melhor sua própria homossexualidade e ter argumentos para rebater os ataques, indiretas e agressões dos ignorantes. Todas as informações aqui divulgadas se baseiam em livros científicos, em pesquisas sérias que podem ser comprovadas por especialistas. Se você desejar aprofundar algum desses temas, encontrará indicações de leitura nesta página.


1. SER HOMOSSEXUAL NÃO É CRIME
Esta é a primeira informação que todo mundo deve saber. Não existe no Brasil nenhuma lei que condene os gays, lésbicas, travestis e transexuais. Ninguém pode ser preso por ser homossexual. Nem o Código Penal nem a Constituição Federal condenam a homossexualidade e nem a sua prática entre pessoas maiores e com consentimento mutuo . O preconceito e a discriminação, sim, são proibidos pelas leis brasileiras. Se algum policial, autoridade ou qualquer pessoa insultar, agredir, prender ou discriminar você ou seu vizinho, por ser gay, lésbica, transexual ou travesti, você tem de reagir e denunciar na Delegacia de Polícia mais próxima ou nas Comissões de Direitos Humanos, nos jornais ou junto ao grupo homossexual de sua cidade ou Estado. E lembre-se: quem cala, consente. O grito é uma das armas dos oprimidos. Não consinta com discriminação alguma! É legal ser homossexual!!!

2. SER HOMOSSEXUAL NÃO É CRIME
Muita gente ignorante afirma que todo homossexual é um doente físico ou mental. A Ciência diz o contrário: é normal ser homossexual. O próprio Freud, o Pai da Psicanálise declarou: "A homossexualidade não é nada que alguém deve envergonhar-se. Não é vício nem degradação. Não pode ser considerada doença!" O Conselho Federal de Medicina desde l985 retirou a homossexualidade da lista dos desvios sexuais. Tanto as Ciências Naturais como as Psico-Sociais confirmam: nada distingue um gay ou lésbica dos demais cidadãos, a não ser que os homossexuais amam o mesmo sexo, enquanto os heterossexuais preferem o sexo oposto, e os bissexuais curtem os dois sexos. Ser gay é saudável!

Ninguém pode ser obrigado a submeter-se a exames médicos ou tratamentos psicológicos visando mudar sua "orientação sexual". Castigar crianças ou adolescentes por manifestarem tendências homoeróticas é crueldade e fere o Estatuto da Criança e do Adolescente e um direito fundamental de todo ser humano: a livre orientação sexual. Como a homossexualidade não é crime nem doença, impedir alguém de realizar sua verdadeira orientação sexual é tirania, crueldade, abuso do poder e desrespeito aos direitos humanos. Nunca pratique nem se submeta a esta discriminação. A Ciência e as Leis estão do lado dos homossexuais!

3. HOMOSSEXUALIDADE NÃO É PECADO
Apesar de muitos pastores e padres condenarem o amor entre pessoas do mesmo sexo, Jesus Cristo, nunca falou sequer uma palavra contra os homossexuais. Quando algum crente disser que ser homossexual é pecado, desafie-o a mostrar no Evangelho qualquer condenação do Filho de Deus aos homossexuais. Jesus condenou, sim, os hipócritas, os ladrões, os mentirosos e intolerantes. Cada vez mais, importantes teólogos e estudiosos da Bíblia confirmam que também os homossexuais foram criados por Deus, pois nasceram assim do ventre materno (Mateus, l9-l2). E que todas aquelas passagens bíblicas que são citadas contra os homossexuais, ou foram mal traduzidas ou mal interpretadas. Muitas religiões, desde o tempo dos Gregos até os Orixás, respeitam os homossexuais, abençoam suas uniões e têm até divindades que praticam esta forma de amor. Se a tua religião discrimina os gays, caso você não consiga convencer seus líderes a respeitar os homossexuais como filhos de Deus, abandone e denuncie essa igreja, pois ela desobedece nossa Constituição e a Declaração Universal dos Direitos Humanos. A verdade está do lado dos gays e lésbicas: é a História que garante. "E conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará!"

4. A HOMOSSEXUALIDADE SEMPRE EXISTIU
Antes mesmo de ter sido escrita a primeira linha da Bíblia, já existiam documentos, no antigo Egito, com mais de dois mil anos antes de Cristo, que descrevem relações sexuais entre dois deuses e dois homens. O poeta Goethe dizia que o homossexualismo é tão antigo quanto a própria humanidade e na própria Bíblia há exemplos de casos homossexuais, como a paixão do Santo Rei Davi por Jônatas. Homossexualidade não é sinal de decadência, nem leva os povos à ruína. Prova disto é a Grécia Clássica, que teve seu momento de maior glória e grandeza exatamente quando a homossexualidade era muito praticada e respeitada. Não há fogueira da Inquisição, nem pedrada do Levítico, nem Aids que consiga acabar com o amor entre pessoas do mesmo sexo. O amor unissexual sempre existiu e nunca vai acabar. O futuro é nosso!

5. TODOS OS POVOS PRATICAM A HOMOSSEXUALIDADE
Não foram os brancos que inventaram esta forma de amor. Quando os europeus chagaram no Novo Mundo encontraram aqui diversas tribos indígenas onde os gays eram muito numerosos e respeitados. Nossos índios chamavam os gays de tibira e às lésbicas de sacoaimbeguira. Em Angola os homossexuais eram chamados de quimbanda e na língua yorubá de adé. Na linguagem do candomblé os homossexuais são chamados monas ou adofiró. A maioria das sociedades humanas do passado e do presente respeitam os homossexuais .
Segundo pesquisas antropológicas, 64% dos povos são favoráveis a homossexualidade e 36% são hostis. Infelizmente fazemos parte desta minoria de povos que discriminam os homossexuais. Os cientistas deram um nome a esta aversão homossexual: HOMOFOBIA.
Homofobia é ódio ou intolerância à homossexualidade. É uma doença anti-social como o machismo e o racismo. Homofobia é doença que se cura com a informação e punição daqueles que desrespeitam os direitos humanos dos homossexuais.

6. A HOMOSSEXUALIDADE É NATURAL
Mesmo considerando a sexualidade humana como uma "construção social", já que durante muitos séculos chamaram erroneamente a homossexualidade de "pecado contra a natureza", consideramos politicamente correto afirmar que ela também é natural pois existe na natureza.

Os animais também praticam o homossexualismo. Segundo a Zoologia, desde os percevejos, até as baleias, passando pelos veados e rolinhas, em todo o reino animal, existem relações sexuais de macho com macho e de fêmea com fêmea. Portando, dizer que o homossexualismo é anti-natural ou vai contra a natureza, é ignorância. Dizer também que os homossexuais ameaçam a sobrevivência da espécie humana é burrice, pois há evidências históricas e antropológicas comprovando que mesmo naquelas sociedades ultra favoráveis às práticas homossexuais, nem por isto tais povos sumiram do mapa: exemplo, os Etoros, nativos da Nova-Guiné, povo onde todos os adolescentes são obrigados a praticar o homoerotismo e nem por isto a reprodução da espécie ficou ameaçada.
Mesmo liberando-se o homossexualismo, sempre haverá um número superior de pessoas que vão preferir o sexo oposto. O Relatório Kinsey descobriu que mais da metade dos homens já tiveram ao menos um orgasmo com parceiros do mesmo sexo, embora os homens predominantemente homossexuais representem por volta de 10% da população do Ocidente. Portanto, no Brasil, deve existir mais de 15 milhões de homossexuais, população uma vez e meia superior aos habitantes dos 7 estados da região Norte do país.

7. A CAUSA DA HOMOSSEXUALIDADE É UM MISTÉRIO
Até hoje, por mais que se pesquise, ainda não chegaram os cientistas a uma conclusão definitiva para explicar a origem da homossexualismo. As teorias que tentaram explicar as causas da tendência homossexual por razões biológicas, genéticas, glandulares, psicológicas, sociais, todas são insuficientes e muitas vezes, umas contradizem as outras. De certo só se sabe uma verdade: que o homossexual é tão normal como os demais cidadãos. Nada distingue o gay e a lésbica dos demais homens e mulheres, a não ser que os homossexuais gostam do mesmo sexo, e os heterossexuais não. E gosto não se discute! Mais importante do que procurar as causas do homossexualismo, é buscar as causas da "homofobia" e lutar contra o preconceito e a discriminação anti-homossexual. As causas da homossexualidade são as mesmas da heterossexualidade, já que entre os humanos não é o instinto que determina a atração sexual, mas a preferência individual: tudo depende de gosto pessoal, de maior identificação com o objeto amado. Se todos gostassem só do azul, o que seria da cor de rosa? No mundo há lugar para todas as cores, por isto é que o arco-íris tornou-se o simbolo internacional do movimento homossexual. Viva a diferença!

8. GAY, TRAVESTI E, TRANSEXUAIS E BOFE
Do mesmo modo como acontece entre os "heteros", que inclui tanto o machão como homens delicados, também entre os "homos" há grande diversidade de comportamentos, estilos de vida e estereótipos. Ser gay não é sinônimo de efeminação, e nem toda lésbica é mulher-macho. Como você sabe, entre os homossexuais existe grande diversidade : gays, travestis, transexuais e bofes. Os gays, popularmente chamados de bichas ou entendidos, incluem os "enrustidos" (infelizmente a maioria), as "bichas fechativas" e os "assumidos". Entre os assumidos, os "gays ativistas" ou "militantes" : são aqueles que se organizaram em grupos para defender nossos direitos de cidadania. As travestis se vestem de mulher, algumas usam silicone ou hormônio para feminilizar seu corpo, infelizmente uma grande parte vive da prestação de serviços sexuais, algumas porque gostam e outras por não conseguir um trabalho socialmente aceito. As transexuais se consideram completamente pertencentes ao sexo oposto ao que nasceram, chegando alguns a realizar a operação para mudança de sexo. Necessariamente a transexualidade não está ligada à cirurgia de mudança de sexo. O que importa mesmo é o sexo psicológico, como a pessoa se identifica, sente, ama e vive. Estas duas categorias sociais, estão mais relacionadas com o universo heterossexual, que com a própria homossexualidade, porque o homem gay não se transforma e nem sente interesse sexual, por travestis e transexuais, ele gosta de outro igual a si. Travestis e transexuais, na sua grande maioria se interessa sexualmente por homens não gays. Existe uma tênue diferença entre travestis e transexuais. Os bofes são rapazes que transam com os homossexuais mas que não assumem a identidade homossexual: os rapazes de programa transam de vez em quanto com homossexuais enquanto os michês são profissionais do sexo. Entre as lésbicas há as sandalinhas, ladys, sapatas, entendidas e sapatões. Um lembrete importante: a aparência externa não traduz necessariamente as fantasias e práticas individuais, pois há efeminados que não são gays e machões que na cama viram "bofonecas". Há muitos estilos de vida, várias formas de viver suas preferências sexuais. Todos têm direito de viver como querem, desde que respeitando o mesmo direito dos outros.

Temos de aprender a conviver com a diversidade, aceitar o pluralismo, respeitar o diferente. Cada qual se assume quando e o quanto quiser. Em questão de sexualidade não há receita única nem certo ou errado. O único limite à nossa liberdade sexual é a liberdade alheia. Cada qual na sua e todo mundo numa boa.

9. HOMOSSEXUALIDADE NÃO É SINÔNIMO DE CÓPULA ANAL
Muita gente tem medo de experimentar uma relação com o mesmo sexo porque imagina que sempre tem de ter um que come o outro, ou uma que domina a outra. Ledo engano. Tem muito gay que não gosta de dar nem de comer, mantendo relação frente a frente com o parceiro, sem essa de ativo e passivo, macho e fêmea. O sexo não tem sexo! O ser humano não é regido pelo instinto, e sexo também é cultura, invenção, imaginação. É importante lembrar que o sexo não se destina apenas à reprodução, mas ao prazer, à união, amor e amizade entre os amantes, seja de que sexo forem. Se para a reprodução é necessária a penetração, para o amor não. E com o aparecimento da Aids, é preciso estar bem informado sobre algumas verdades relacionadas ao homoerotismo: primeiro, que a Aids não é uma doença de gays, pois surgiu entre os heterossexuais e pode pegar em qualquer pessoa. Segundo, a Aids só se transmite através do sangue, esperma e secreções vaginais, de modo que em qualquer relação sexual deve-se evitar que tais líquidos, o esperma, o sangue e as secreções vaginais, entrem no seu corpo ou no corpo do parceiro. Penetração, só com camisinha! Pode-se praticar o "sexo mais seguro" evitando a troca destes líquidos.

Beijo, abraço, carícias, masturbação individual ou recíproca, tudo isto dá prazer, leva ao orgasmo, sem oferecer risco de contaminação pelo HIV, o vírus da Aids. Use sua imaginação! Não tenha medo do homossexualismo nem dos outros gays por causa da Aids: qualquer sexo sem risco, seja com o mesmo, seja com o sexo oposto, não oferece perigo de contaminação. O que mata é a ignorância, o preconceito e transar sem camisinha.

10. HOMOSSEXUAIS CÉLEBRES
Os donos do poder sempre procuraram destruir a história dos oprimidos como uma forma de impedir que imitassem seus heróis, tivessem orgulho de sua condição e reivindicassem igualdade de direitos. Os negros têm seus ídolos, as mulheres seus modelos. Também nós, gays e lésbicas, temos muitos iguais a nós de quem nos orgulhar. Uma das provas mais evidentes de que a homossexualidade não é doença ou algo desprezível, é a quantidade de celebridades na história humana que foram praticantes do "amor que não ousava dizer o nome". Mesmo vivendo em épocas em que o homossexualismo era castigado como crime, ninguém conseguiu destruir a paixão de ilustres homoeróticos. Eis uma lista de apenas 10 celebridades que amaram o mesmo sexo: Sócrates, Alexandre Magno, Leonardo Da Vinci, Miguelângelo, Shakespeare, Fernando Pessoa, Santos Dumont, Oscar Wilde, Pasolini, Renato Russo. Agora dez mulheres que amaram outras mulheres : Safo, Catarina da Rússia, Cristina da Suécia, Imperatriz Leopoldina, Eleonor Roosevelt, Marguerite Yourcenar, George Sand, Marlene Dietrich, Martina Navratilova, Ângela Rorô. E muitos mais que você sabe... Quantos artistas, cantores e cantoras, políticos, esportistas famosos, nossos contemporâneos, são reconhecidos como homossexuais? Que o exemplo destes gays e lésbicas célebres sirva de lição: é possível ser homossexual e tornar-se alguém respeitado, digno de admiração. Basta saber se conduzir com dignidade, desmascarar o preconceito, exigir respeito!